O que você precisa saber sobre as Criptomoedas
Educação
Publicado em 24/10/2022

Por: Jaqueline Barreto da Silva, Luiz Augusto Oliveira Mathias, Maria Eduarda Valentini Carneiro, Victor Augusto Fabbron Nogueira

 

Em 31 de outubro de 2008, surge o Bitcoin, a primeira moeda virtual (criptomoeda) do mundo.

Desde o surgimento, a moeda não apenas se estabeleceu entre os entusiastas como virou referência para criação de novas moedas descentralizadas. Essa descentralização foi, e ainda é, motivo de debate entre bancos e governos contra os mineradores e criadores de moedas.

Em meados de 2011, quando o Bitcoin de fato explodiu e começou a se valorizar (alta de 1,466%) e 2013 (alta de 5,952%) os órgãos reguladores de governos pelo mundo começaram a alertar sobre o problema que criptomoedas poderiam causar. Por não ser centralizada e não ter registro de transação, nem ter regulamentação de um órgão confiável, as criptomoedas podem ser usadas para tudo, incluindo lavagem de dinheiro, compra de objetos, substâncias ilícitas online, encomenda de crimes  etc. 

Essa briga ainda perdura até hoje em alguns países, sendo a Índia um deles, que proibiu recentemente a moeda em seu território. Mesmo com todas essas brigas, o leque de criptomoedas não parou no Bitcoin, de lá pra cá inúmeras novas moedas digitais foram criadas e tiveram o mesmo sucesso da irmã mais velha. Podemos citar como exemplo o “Ethereum”, que também se estabeleceu fortemente no mercado. Por outro lado, temos a Luna, que se valorizou bastante e acabou quebrando em maio de 2022 e até a publicação deste texto não se recuperou da desvalorização de 99,98%.

Somando a isso, o surgimento das criptomoedas não é totalmente positivo. Elas são usadas várias vezes para fins ilegais por usuários da deep web, desde comprar drogas pesadas até as coisas mais bizarras como comprar órgãos humanos, já que elas não deixam uma “evidência” e são mais difíceis de rastrear. Sendo assim, as criptomoedas acabam ajudando indiretamente vários crimes ao redor do mundo, visto que por meio dela diversas atrocidades acabam acontecendo e ferindo direitos humanos. Por conta disso, alguns países acabaram proibindo a circulação desse tipo de moeda e qualquer investimento feito a partir dela, já que ela não é extremamente segura e incerta.

Além disso, ela pode facilmente sofrer riscos de pirataria e fraudes já que não possui uma regulamentação específica e a sua segurança é responsabilidade de cada usuário. Logo, ela acaba sendo muito volátil, podendo valer muito em um dia e no outro valer bem pouco, fazendo com que investir em moedas possa ser algo que não compense tanto.

Existem diversas moedas digitais no mercado, sendo a Bitcon a mais conhecida, por ter sido a primeira moeda digital do mundo e é negociada na internet em uma rede própria, o blockchain. Contudo, existem outras criptomoedas que são bastante populares entre os investidores como o Ether, popularmente conhecido como “ethereum”, nome da plataforma em que a moeda é comercializada, que originalmente não tinha sido criado para ser uma moeda digital, mas para ser uma forma de pagamento dentro de sua própria plataforma. O litecoin (LTC) tem algumas semelhanças com o Bitcoin, porém é mais acessível, além de ser ideal para transações do dia a dia.

Há algumas formas de investir em criptomoedas ou adquiri-las. O investimento direto em moedas é a alternativa mais popular. Nesse caso, a pessoa deve realizar a abertura de uma conta em uma corretora especializada e acessar o mercado do produto que deseja adquirir, como Bitcoin ou “Ethereum”. Uma segunda alternativa para aprender como investir em criptomoedas é por meio dos ETFs de criptomoedas. A sigla significa Exchange Traded Fund, ou Fundo de Índice. O investidor não aplica seu dinheiro diretamente no mercado de moedas, mas sim em um fundo passivo, administrado por um gestor profissional. Por fim, a terceira alternativa para aprender como investir em criptomoedas é por meio dos fundos de investimento convencionais.

As NFTs surgiram entre 2012-13 quando começaram a explorar o conceito de “moedas coloridas”. Essas novas criptomoedas derivadas do Bitcoin tinham como objetivo proporcionar aos artistas fontes adicionais de renda extra e maior controle sobre seus trabalhos. A ideia não foi muito aceita no começo pois a maioria das pessoas não entendiam a proposta. Com o surgimento do metaverso, os NFTs ganharam mais força,pois, se antes se discutia a importância de se comprar por milhões de dólares, algo que não existe no mundo físico, hoje, com metaverso existe uma justificativa.

As criptomoedas são códigos de computador gerados por um software, que permitem que as pessoas enviem, recebam e guardem valores digitalmente, utilizando a tecnologia blockchain, ou seja, ela funciona para transações de compra e venda. 

O mercado de criptomoedas caiu muito nos últimos meses, abalando importantes suportes que deixaram os seus investidores bem assustados. Vários fatores têm influenciado essa queda, como  a aceleração da inflação e os preços altos das commodities, que é um termo que corresponde a produtos básicos globais não industrializados.

Com a invasão da Rússia na Ucrânia, provocou-se uma instabilidade geopolítica mundial, fazendo com que a cotação das moedas digitais fosse atingida indiretamente pela guerra, afetando os mercados internacionais com esse conflito.

A previsão para as criptomoedas voltarem a subir é daqui a alguns meses, chegando à alta no final de 2023 e começo de 2024. A orientação de alguns especialistas é que os investidores mantenham calma e fracione sua entrada.

Na mostra tecnológica do Unifatea, iremos abordar mais sobre o tema. Venham conferir no dia 25 de novembro de 2022.

 

Alunos sob supervisão dos professores dos cursos de Comunicação Social.

 

Fonte: https://unifatea.edu.br/2022/10/22/criptomoeda-ainda-e-uma-boa/

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