Foi apresentada na Assembleia Legislativa, a pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil – com foco no Estado de São Paulo. O estudo foi realizado em 2015 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e apoio do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo.
“Formamos a maior categoria de saúde no estado de São Paulo, com 460.000 profissionais. Portanto, precisamos sair da invisibilidade social e política na qual a nossa profissão se encontra no País”, argumenta Fabiola de Campos Braga Matozinho, presidente do Coren-SP.
A pesquisa tem abrangência de mais de 450 mil profissionais. Para chegar a um retrato fiel da Enfermagem no Estado trabalhou-se com amostragem conforme metodologia utilizada pela Fiocruz. Em São Paulo, no atual momento, a enfermagem é composta por um quadro de 77,1% de técnicos e auxiliares e 22,9% de enfermeiros.
Onde trabalham
No quesito mercado de trabalho, 55% da equipe de enfermagem encontra-se no setor público; 35,1% no privado; 22,3% no filantrópico e 9,6% nas atividades de ensino.
Em São Paulo, 64% da equipe de enfermagem declaram desgaste.
Renda mensal
Considerando a renda mensal de todos os empregos e atividades que a equipe de enfermagem exerce, constata-se que 0,3% de profissionais na equipe recebem menos de um salário-mínimo por mês. A pesquisa encontra o percentual de 6,3% de pessoas que declararam ter renda total mensal de até R$ 1.000, ou seja, estão em condições de subsalário.
Dos profissionais da enfermagem, a maioria (73,5%) tem apenas uma atividade/trabalho.
Os quatro grandes setores de empregabilidade da enfermagem (público, privado, filantrópico e ensino) apresentam subsalários. O privado (8,5%), o filantrópico (5,5%), o público (5%) e o de ensino (6,3%) praticam salários com valores de até R$ 1.000, sendo, entretanto, os menores percentuais praticados em relação à Região Sudeste.
Profissionais qualificados acima do exigido
O desejo de se qualificar é um anseio do profissional de enfermagem de São Paulo. Os trabalhadores de nível médio (técnicos e auxiliares) apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições, o que significa dizer que mais de 1/3, ou seja, 37,9% de todo o contingente, fizeram ou estão fazendo curso de graduação.
Desemprego aberto
A área já apresenta situação de desemprego aberto, com 8,8% dos profissionais entrevistados relatando situações de desemprego nos últimos 12 meses. Dificuldade de encontrar emprego foi relatada por 66,3% desses profissionais.
Concentração na capital
Mais da metade da equipe de enfermagem (62,4%) se concentra na Capital.
Dados Brasil
A enfermagem hoje no país é composta por um quadro de 77% de técnicos e auxiliares e 23% de enfermeiros. É o que aponta pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, divulgada recentemente, cujos resultados também apontam desgaste profissional em 64,2% dos entrevistados e grande concentração da Força de Trabalho na Região Sudeste (mais da metade das equipes consultadas).
O mais amplo levantamento sobre uma categoria profissional já realizado na América Latina é inédito e abrange um universo de mais de 1,8 milhão de profissionais.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de saúde compõe-se de um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores, dos quais cerca 50% atuam na enfermagem (cerca de 1,8 milhão). A pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem, realizada em aproximadamente 50% dos municípios brasileiros e em todos os 27 estados da Federação, inclui desde profissionais no começo da carreira (auxiliares e técnicos, que iniciam com 18 anos; e enfermeiros, com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos).
A pesquisa foi encomendada pelo Cofen para determinar a realidade dos profissionais e subsidiar a construção de políticas públicas. “Este diagnóstico detalhado da situação da enfermagem brasileira é um passo necessário para a transformação da realidade”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.
Download dos dados
Os dados com o Perfil da Enfermagem Paulista, lançados na ALESP, estão disponíveis para download gratuito neste link.
Fonte: https://portal.coren-sp.gov.br/noticias/pesquisa-inedita-traca-perfil-da-enfermagem-no-brasil-e-em-sao-paulo/
Enfermagem no UNIFATEA
Tem como objetivo a formação de enfermeiros generalista, aptos a desenvolver ações de enfermagem nos serviços de proteção, recuperação e reabilitação da saúde, tendo como base a sistematização da assistência e a atuação como educador em saúde, com capacidade efetiva para liderança, tomada de decisões e comunicação. Para tal, acontecem aulas práticas em laboratórios na primeira série do curso e as práticas clínicas em campo na segunda e terceira série, culminando com a vivência clínica na quarta série do curso.
Estrutura
- Laboratório de Biologia
- Laboratório de Microbiologia
- Laboratório de Anatomia e Fisiologia
- Laboratórios de Enfermagem (Procedimentos Básicos e Avançados em Enfermagem
- Laboratório de Atenção à Criança e à Gestante, Laboratório em Sala de Cirurgia)
- Ambulatório de Enfermagem (atendimento diário à comunidade)
- Consultório de Enfermagem (aos alunos da instituição)
A duração do curso é 8 semestres e o período é matutino.
Publicado por Guilherme Costa
Estagiário de Jornalismo - Inova FM
Fonte: Unifatea
Imagem/Divulgação:Unifatea